domingo, 21 de setembro de 2008

CCZ realiza terceira etapa do encoleiramento de cães em Campo Grande

O sol e o forte calor não alteram em nada a rotina dos cerca de 200 agentes de saúde pública, que vão de casa em casa realizando a distribuição gratuita de coleiras repelente ao mosquito palha transmissor da leishmaniose. O Centro de Controle de Endemias e Zoonoses da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) está finalizando a terceira etapa do encoleiramento nos animais. De acordo com a diretora do CCZ, Júlia Macksoud, a população canina da Capital está estimada em 120 mil animais, número que corresponde à meta de cães a serem beneficiados com a coleira.

“Iniciamos esta terceira etapa em maio de um total de quatro e até agora já encoleiramos 79 mil animais. Nossa previsão é finalizar os trabalhos no máximo até o final do mês de setembro”, contabiliza Júlia Macksoud. Segundo ela, na primeira etapa em junho de 2007, foram distribuídas 92 mil coleiras, número que chegou a 121 mil na segunda etapa, realizada em dezembro de 2008 e que deve se repetir nestas duas últimas fases, a terceira finalizada em setembro e em janeiro de 2009.

O objetivo principal desta proposta pioneira, de intervenção séria, em 24 meses é diminuir a incidência da leishmaniose animal e evitar a contaminação de pessoas. “Após finalizar estas metas, vamos fazer uma análise criteriosa de todas as ações, para fechar o primeiro trabalho nessa escala em todo o mundo. É importante lembrar, ainda, que antes de cada fase do encoleiramento realizamos a coleta de sangue dos animais e após a distribuição de coleiras, também fazemos a borrifação de veneno contra o mosquito palha. É um trabalho de fôlego”, reforçou.

Receptividade - Ao receber os agentes de saúde na manhã desta quarta-feira (10/09), a dona de casa Cristiane Aparecida Constança, moradora na casa de número 10 da Rua Perseverança no bairro Amambaí, demonstrou satisfação. Ela conta que tem três filhos com idades entre cinco e 12 anos e, por isto, se sente tranqüila por ver as duas cachorras da casa receberem o cuidado minucioso por parte da prefeitura. “Quem tem criança em casa precisa estar atento a tudo e eu tenho muito medo da leishmaniose, por isso recebo com prazer os agentes que vêm em casa cuidar da Tita e da Lana. Eles tiram sangue, fazem perguntas, dão a coleira, passam veneno e eu nunca precisei pagar nada por isso”, disse a dona de casa se referindo às duas cachorras sem raça definida de dois anos e de quatro meses.

Mas nem todas as pessoas estão conscientizadas sobre a necessidade do trabalho de prevenção. As agentes Janaína Rossini Pina e Wânia Carvalho Dantas contam que ainda enfrentam dificuldades para registrar os dados dos donos dos animais nas fichas e que até já foram mordidas por animais na frente dos seus donos. “Após muitas explicações, as pessoas passam o número do documento. Quando começamos esse trabalho no ano passado era bem pior, agora com jeitinho e com a divulgação da mídia já melhorou bastante”, admitiram as agentes.

Em 2007 foram registrados 142 casos de leishmaniose em Campo Grande, com sete óbitos. Este ano, até o final do mês de agosto, os números apontam diminuição de incidência em humanos, com 89 casos confirmados e seis óbitos.

Serviço - Para informações sobre o encoleiramento, o telefone do CCZ é o 3313-5000 e o 3313-5001.

Um comentário:

Mirna disse...

Estou muito feliz que existem pessoas que ajudam os animais. é um ato de bondade para ajudar os animais. Eu ajudo um veteterinaria, e receber doações. Estou procurando produtos Frontline se algum de vocês pode me dar. obrigado