Ocorreu entre os dias 21 e 25 de agosto, o congresso mundial de Parasitologia Veterinária, em Buenos Aires, Argentina. Além do frio e do melhor churrasco do mundo, o evento foi uma boa oportunidade para atualização e troca de experiências. O curioso é que ao mesmo tempo em que se apresentam resultados de estudos com tecnologia de ponta sobre o mecanismo de ação e resistência a antiparasitários, foram discutidas questões básicas, como a biologia e importância de alguns parasitos e técnicas para contagens de ovos nas fezes.
Uma questão muito abordada foi a necessidade de técnicas coproparasitológicas mais sensíveis e foram apresentados resultados comparando o FLOTAC ao rotineiro McMaster. Estatisticamente, a avaliação da eficácia de anti-helmínticos em bovinos exige elevado número de animais por grupo e uma técnica mais sensível. Parece que o FLOTC será uma técnica cada vez mais empregada. Veja alguns detalhes desta técnica http://www.parasol-project.org/_pdfs/PARASOL_FLOTAC_Technology.pdf
Outro ponto curioso do congresso ocorreu urante o fórum sobre esquemas de controle seletivo de verminose equina. Além de não haver consenso sobre qual o critério para o tratamento dos animais, foi questionada a importância da verminose em animais adultos. Alguns pesquisadores alertaram para o fato de nunca terem observado um animal com elevado valor de OPG sem algum sinal clínico, enquanto outros sugeriam a existência de animais resilientes. Nossa experiência mostra que equinos podem ser resilientes à infecção helmíntica, uma vez que animais adultos com elevados valores de OPG podem não apresentar sinais clínicos além de terem elevado escore corporal.
Sem dúvida alguma, pôde-se perceber que os grandes avanços da área de terapêutica são as associações entre princípios ativos. Foram apresentados resultados da maior eficácia e do menor impacto sobre a seleção de parasitos resistentes.
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