Texto extraído de http://portal.cfmv.gov.br/portal/noticia/index/id/3845
04 de junho de 2014 - O Conselho
Federal de Medicina Veterinária (CFMV) declara posição contrária à
proibição para o uso veterinário das avermectinas de longa
duração, ou seja produtos antiparasitários que permanecem no organismo
dos animais por mais de 42 dias. Na semana passada, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou uma instrução normativa que proíbe a fabricação, a comercialização, o fracionamento e a importação desses antiparasitários.
Segundo o presidente do CFMV, o médico veterinário Benedito Fortes de
Arruda, há outros medicamentos, além das avermectinas, que
podem causar problemas nos rebanhos. “Existem vários antibióticos usados
na Medicina Veterinária que podem trazer repercussões negativas não
somente para a produção da carne produzida no país, mas também para a
saúde humana”, declara Arruda. Ele explica que os resíduos dos produtos
veterinários presentes nos produtos de origem animal podem afetar as
pessoas que os consomem, além de colaborar para a formação de
microorganismos resistentes.
Arruda diz acreditar que outras duas medidas seriam mais prudentes: o
estabelecimento pelo Mapa de regras para a aplicação de receituário
veterinário e a fiscalização dos produtos comercializados. “O CFMV,
inclusive, já indicou ao Mapa os medicamentos que só poderiam ser
vendidos mediante a prescrição de receita”, conta.
Ele revela ainda que o CFMV ofereceu ao Ministério da Agricultura
parceria com o envolvimento de todo o Sistema CFMV/CRMV’s para realizar
a fiscalização. “Sem a fiscalização, esse produto continuará a ser
aplicado no rebanho bovino brasileiro. Logo, a proibição das
avermectinas será inócua”, conclui.
Assessoria de Comunicação do CFMV
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