A forma de calcular a eficácia em testes de redução de OPG
ainda é bastante discutida entre os estatísticos. Houve um tempo que o mais aceito
era o uso de médias geométricas, que atualmente são consideradas menos precisas
do que as médias aritméticas. Outra discussão é se a média pós-tratamento deve
ser comparada à media do mesmo grupo antes do tratamento ou ao grupo controle.
No artigo “Evaluating faecal
egg count reduction using a specifically designed package ‘‘eggCounts’’ in R
and a user friendly web interface”,
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0020751914000307
recentemente publicado na revista International Journal for Parasitology, Torgerson e colaboladores discutiram alguns casos interessantes de interpretação de resultados e fizeram a proposta de uso de uma nova ferramenta para calcular a eficácia.
recentemente publicado na revista International Journal for Parasitology, Torgerson e colaboladores discutiram alguns casos interessantes de interpretação de resultados e fizeram a proposta de uso de uma nova ferramenta para calcular a eficácia.
Segundo os autores, Não é possível afirmar que haja um
percentual de eficácia de 100%, com intervalos de confiança inferior e superior
(IC95%) de 100%-100%, pois o fato de nenhum ovo ter sido observado no exame
pós-tratamento não quer dizer que não haja parasitos no animal. Outra situação curiosa e é comum em testes de redução de OPG
é quando valores próximos a 95% (que o limiar para classificação de
resistência), pois será que podemos afirmar com certeza que 94,5% indica resistência
e que 95,1% indica susceptibilidade?
Para auxiliar esta análise, é muito importante considerar também o intervalo de confiança. Além disso, estes autores desenvolveram uma ferramenta online que leva em consideração dois fatores:
Para auxiliar esta análise, é muito importante considerar também o intervalo de confiança. Além disso, estes autores desenvolveram uma ferramenta online que leva em consideração dois fatores:
- erros aleatórios de amostragem (Poison errors), que avalia a variação inerente à técnica. Para isso, é solicitado qual é o fator de correção, ou multiplicação, empregado pelo usuário
- o grau de agregação da contagem de OPG dentro de cada grupo, que poderia levar a erros no cálculo do intervalo de confiança.
A ferramenta online é de fácil uso e com
rapidez na análise. Acesse o site http://www.math.uzh.ch/as/index.php?id=eggcounts
e escolha a opção “Analysis of two samples (paired) (seta 1).
Será aberta outra janela, onde os dados serão inseridos. Deve ser utilizada a vírgula entre cada valor de OPG e na linha pós-tratamento, a sequencia dos animais deve ser a mesma da linha pré-tratamento (seta 2). o fator de correção, ou multiplicação, também deve ser inserido (seta 3).
Os resultados são de fácil interpretação (seta 4). Neste exemplo, podemos dizer que a eficácia é de 94% e o upper confidence interval limit (95%) foi de 96,2% e o lower confidence interval limit (95%) foi de 91,3%. Ou seja, a eficácia é de 94%, com 95% de probabilidade de estar entre 91,3% e 96,2%.
e escolha a opção “Analysis of two samples (paired) (seta 1).
Será aberta outra janela, onde os dados serão inseridos. Deve ser utilizada a vírgula entre cada valor de OPG e na linha pós-tratamento, a sequencia dos animais deve ser a mesma da linha pré-tratamento (seta 2). o fator de correção, ou multiplicação, também deve ser inserido (seta 3).
Os resultados são de fácil interpretação (seta 4). Neste exemplo, podemos dizer que a eficácia é de 94% e o upper confidence interval limit (95%) foi de 96,2% e o lower confidence interval limit (95%) foi de 91,3%. Ou seja, a eficácia é de 94%, com 95% de probabilidade de estar entre 91,3% e 96,2%.
Um comentário:
Excelente informação!!!! Muito obrigado!
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