segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária

Esta semana, o projeto Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária (InovaDefesa) e a Embrapa Gado de Corte realizarão em Campo Grande um workshop para tratar sobre o risco representado por agentes patogênicos de notificação obrigatória relatados em países da América do Sul e Caribe. A discussão envolverá pesquisadores, gestores de serviços oficiais de Defesa Agropecuária e setor privado. Confira a programação completa abaixo.
As inscrições antecipadas encerram-se amanhã e podem ser feitas no endereço: http://www.workshopameacassanitarias.tangu.com.br/

Workshop

AMEAÇAS SANITÁRIAS PARA CADEIAS PRODUTIVAS DE CARNES NO BRASIL
Local: Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, MS
Data: 1 e 2 de março de 2012

APRESENTAÇÃO

O workshop será iniciado com um debate envolvendo órgãos oficiais de Defesa Agropecuária, órgãos de pesquisa e setor privado. O tema do debate será: "Integrar a pesquisa científica em Saúde Animal à Defesa Agropecuária: desafios, oportunidades e perspectivas". Parte-se da premissa de que o aumento do trânsito de pessoas e mercadorias decorrente da implantação de uma série de obras de infraestrutura viária na América do Sul aumentará a probabilidade de ingresso de agentes patogênicos no país. Discute-se, também, o papel de animais silvestres e migratórios como reservatórios de agentes patogênicos de notificação obrigatória. Após o debate, os participantes serão divididos em grupos por área de interesse para discutirem aspectos relacionados a doenças de notificação obrigatória pela OIE e que foram relatadas nos países da América do Sul e/ou Caribe nos últimos cinco anos e que não tenham sido notificados pelo Brasil no mesmo período. Ao final do workshop, espera-se responder às seguintes questões:
Questão 1. Quais são os agentes patogênicos de animais com maior probabilidade de ingresso no Brasil no curto e no médio prazos?
Questão 2. Qual o potencial de impacto econômico, social e ambiental desses organismos? Quais cadeias produtivas seriam afetadas?
Questão 3. Que ações podem ser empreendidas pelo país no sentido de prevenir a entrada desses organismos?
Questão 4. De que forma a pesquisa científica pode colaborar com o desenvolvimento de métodos de prevenção e combate desses agentes?
Cerca de 50 representantes de órgãos de pesquisa, órgãos oficiais, universidades, indústria de produtos veterinários, entidades de representação de produtores confirmaram participação.

PROGRAMA
Dia 1 de março de 2012 (quinta-feira)
8h. Credenciamento
9h. Abertura
10h. Debate "Integrar pesquisa científica à defesa agropecuária: desafios  e perspectivas"
Moderador: Fernando Antônio Araújo Campos (Embrapa Estudos e Capacitação). Debatedores: Evaldo Ferreira Vilela (Universidade Federal de Viçosa), Cleber Soares (Embrapa Gado de Corte), Pedro Camargo Neto (ABIPECS), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (SEPROTUR/MS) e Orasil R. Bandini (Depto. Saúde Animal/MAPA)
 12h. Intervalo
14h. Orientação para trabalhos de grupos. Fernando Antônio Araújo Campos (Embrapa Estudos e Capacitação)
14h30. Trabalhos em grupos
18h. Encerramento das atividades do dia

Dia 2 de março de 2012 (sexta-feira)
8h. Conclusão dos trabalhos  em grupos
10h. Intervalo
10h30. Apresentação das conclusões dos grupos de trabalho (pelos coordenadores dos grupos)
12h. Intervalo
14h. Conclusões e encaminhamentos do workshop. Cleber Soares (Embrapa Gado de Corte) e Fernando Antônio Araújo Campos (Embrapa Estudos e Capacitação)
16h. Encerramento do workshop

GRUPOS DE TRABALHO
Bovinocultura
Pedro Paulo Pires (CNPGC), Flábio Ribeiro Aaraújo (CNPGC), Vanessa Filipe de Souza (CNPGC), Francisco de Sales de Manzi (ACRIMAT), Fernando Paiva (UFMS), Horácio Tinoco (FAMASUL), Márcio Roberto Silva (CNPGL), Membros: Francisco de Souza Filho (UFMS),  Geraldo Zobiole (Yessinergy), Giuliana da Fonte Nogueira Avelino Duarte (IAGRO), Marco Antônio Marcondes (Rastrovet), Raquel Soares Juliano (Embrapa Pantanal), Sabrina Castilho Duarte (UFG), Sérgio Barros Gomes (Biogénesis), Suzana Cometki Ortega (IAGRO), Luciana Gatto Brito (CPAFRO), Alberto Tembue (Moçambique), Celso Doliveira (Federação da Agricultura), Fabiana Pierini (IMA), Humberto Bortoletto (Exército Brasileiro), Octaviano Alves Pereira Neto (Novartis), Samuel Carvalho de Aragão (UNESP), Sandra Amaral Castilho (Vallee)

Heartwater
 Bactéria (transmitida por carrapato)
  Ehrlichia ruminantiu (transmissor: Amblyomma)

Malignant catarrhal fever
 Vírus
 Alcelaphine herpesvirus-1 (AIHV-1), Ovine herpesvirus-2 (OvHV-2)

O. w. screwworm (C. bezziana)
 Inseto
 Chrysomya bezziana

Paratuberculosis
 Bactéria
 Mycobacterium
avium subsp. paratuberculosis

Q fever
 Bactéria
 Coxiella burnetii

Salmonellosis (S. abortusovis)
 Bactéria
 Salmonella abortusovis

Surra (Trypanosoma evansi)
 Protozoário
 Trypanosoma evansi

Trichinellosis
 Nemátodo
 Trichinella

Trypanosomosis
 Protozoário (transmitido por insetos)
 Trypanosoma (transmissores: tsé-tsé, barbeiros, tabanídeos, etc.)

West Nile Fever
 Vírus
 WNV

Suinocultura
Janice Reis Ciacci Zanella (CNPSA), Virgínia Santiago e Silva (CNPSA), Rui Vargas (ABIPECS), Dione Carina Francisco (AgroQualità), Pedro Camargo Neto (ABIPECS), Reny Corrêa Lyrio (IAGRO)

O. w. screwworm (C. bezziana)
 Inseto
 Chrysomya bezziana

Porcine reproductive/respiratory syndr.
 Vírus
 Arterivirus

Salmonellosis (S. abortusovis)
 Bactéria
 Salmonella abortusovis

Trichinellosis
 Nemátodo
 Trichinella

Aves
Liana Brentano (CNPSA), Amanda Guimarães (MAPA), Diko Becker (Ewabo Brasil Ltda.), Lúcia Maria Branco de Freitas Maia (IICA), Márcia França Gonçalves Villa (MAPA), Maristela Lovato (UFSM), Cleiton Leonardo Nascimento de Souza, Rubens Flávio Mello Corrêa (SEPROTUR)

Avian chlamydiosis
 Bactéria
 Chlamydophila psittaci

Avian tuberculosis
 Bactéria
 Mycobacterium avium e M. genavense

Fowl pox
 Vírus
 Avipoxvirus

O. w. screwworm (C. bezziana)
 Inseto
 Chrysomya bezziana

Turkey rhinotracheitis
 Vírus
 aMPV

West Nile Fever
 Vírus
 WNV

Ovinocaprinocultura
Raymundo Rizaldo Pinheiro (CNPC), Viviane Muller Dantas (IAGRO), José Galdino (ARCO), Lauana Borges Santiago (CNPC), Jair de Castro Veiga (MAPA)

Caprine arthritis/encephalitis
 Vírus
 CAEV

Contagious agalactia
 Bactéria
 Mycoplasma agalactiae, M. mycoides, M. putrefaciens

Enzootic abortion (chlamydiosis)
 Bactéria
 Chlamydophila abortus

Heartwater
 Bactéria (transmitida por carrapato)
  Ehrlichia ruminantiu (transmissor: Amblyomma)

Maedi-visna
 Vírus
 MVV

Malignant catarrhal fever
 Vírus
 Alcelaphine herpesvirus-1 (AIHV-1), Ovine herpesvirus-2 (OvHV-2)

O. w. screwworm (C. bezziana)
 Inseto
 Chrysomya bezziana

Ovine epididymitis (B. ovis)
 Bactéria
 Brucella ovi

Ovine pulmonary adenomatosis
 Vírus
 JSRV

Paratuberculosis
 Bactéria
 Mycobacterium
avium subsp. paratuberculosis

Q fever
 Bactéria
 Coxiella burnetii

Salmonellosis (S. abortusovis)
 Bactéria
 Salmonella abortusovis

Trichinellosis
 Nemátodo
 Trichinella

West Nile Fever
 Vírus
 WNV


ROTEIRO SUGERIDO PARA AVALIAÇÃO DE RISCO DOS AGENTES PATOGÊNICOS

1. Categorização: Identificação do Agente Patogênico
 Pontuação (0 a 5)

1.1. Relatos sobre a presença de subespécies ou raças do organismo sendo avaliado
 

MÉDIA CATEGORIZAÇÃO (MC)
 

2. Potencial de Ingresso
 Pontuação (0 a 5)

2.1. A inspeção sanitária animal no ponto de entrada no país é inadequada para prevenir a entrada do agente
 

2.2. O agente pode sobreviver aos procedimentos sanitários adotados no país de origem
 

2.3. O agente é inconspícuo na fase do ciclo de vida associada ao produto de importação
 

MÉDIA POTENCIAL DE INTRODUÇÃO (MPI)
 

3. Potencial de Estabelecimento
 Pontuação (0 a 5)

3.1. As condições climáticas (temperatura, precipitação, UR) no local de destino do produto de importação são favoráveis ao agente patogênico
 

3.2. O agente ataca múltiplas espécies
 

3.3. Não há inimigos naturais (predadores, parasitóides, patógenos, antagonistas) presentes no local de destino do produto de importação
 

MÉDIA POTENCIAL DE ESTABELECIMENTO (MPE)
 

4. Potencial de Dispersão
 Pontuação (0 a 5)

4.1. A intenção de aplicação do produto de importação é para uso na criação
 

4.2. A utilização pretendida para o produto de importação favorece a dispersão do agente
 

4.3. O agente possui alta capacidade de locomoção
 

4.4. O agente pode ser veiculada por agentes físicos naturais (cursos d’água, vento)
 

4.5. O agente pode ser veiculada por agentes biológicos (insetos ou outros animais, sangue, saliva, sêmen, tecidos corporais)
 

4.6. O agente pode ser veiculada por seres humanos (vestuário, parte externa ou interna do corpo)
 

4.7. O agente pode ser veiculada fômites ou compostos químicos
 

4.8. O agente pode ser veiculado por compostos químicos (como medicamentos)
 

MÉDIA POTENCIAL DE DISPERSÃO (MPD)
 

5. Potencial de Dano Econômico
 Pontuação (0 a 5)

5.1. A introdução do agente acarretará a necessidade de desenvolvimento de medidas de controle
 

5.2. A introdução do agente acarretará a necessidade de alterar o sistema de produção da criação-alvo
 

5.3. O agente ataca espécies de relevância econômica para o país de destino
 

5.4. O agente causa perdas diretas significativas em campo ou granjas
 

5.5. O custo econômico para controle do agente em campo ou granjas é elevado
 

MÉDIA POTENCIAL DE DANO ECONÔMICO (MPDE)
 

6. Potencial Zoonótico
 Pontuação (0 a 5)

6.1. O agente tem potencial zoonótico
 

MÉDIA POTENCIAL Zoonótico (MPZ)
 

Fator de risco (MC+MPI+MPE+MPDE+MPZ)/6
 







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