Figura 1. Distribuição geográfica da
resistência (países em vermelho) de nematodas gastrintestinais de bovinos a
lactonas macrocíclicas (publicações científicas até julho de 2012).
A
resistência de nematodas gastrintestinais de bovinos às LMs na Argentina está amplamente
estabelecida em propriedades onde os animais são tratados a intervalos frequentes
durante o ano. Em animais da raça Hereford de 9-11 meses de idade, observou-se
65% de redução de OPG após o tratamento com IVM formulação aquosa, redução
negativa (-20%) para IVM longa ação (formulação oleosa) e 85% para doramectina.
Para moxidectina (MOX) e febendazole, observou-se eficácia de 95% e 100%
respectivamente. No teste anti-helmíntico controlado, a eficácia contra C. oncophora foi de 62,7 e 48%, para IVM
formulação aquosa e IVM longa ação respectivamente (Fiel et al., 2001). Ainda
neste país, na província de Santa Fé, observou-se Haemonchus spp. resistente a IVM, com 92% de redução de OPG (Anziani
et al., 2004). Um estudo realizado em 25 rebanhos de gado de corte da Região
Oeste Pampeana demonstrou resistência de Cooperia
spp. em 60% das propriedades (Suarez e Cristel, 2007).
Assim
como na Argentina, a resistência em nematodas de bovinos é um problema
disseminado na Nova Zelândia. Jackson et al. (1987) relataram, pela primeira
vez, resistência de Cooperia spp. a
oxfendazole (65,4% de eficácia) em bovinos. Vermunt et al. (1995) observaram
64% de redução no OPG depois de oito dias do tratamento com IVM e eficácia nula
após 14 dias, enquanto oxfendazole apresentou 93% e 59% de eficácia após oito e
14 dias, respectivamente. Ainda na Nova Zelândia, eprinomectina e abamectina,
foram eficazes contra O. ostertagi, T. axei e C. punctata, porém, contra C.
oncophora , observou-se redução de OPG de apenas 72 e 79%, respectivamente,
e 81 e 76% contra T. longispicularis
(Loveridge et al., 2003).
Em
outros países, os relatos de resistência são mais pontuais, observando-se predominância
de resistência do gênero Cooperia
resistente a IVM nos seguintes países: Reino Unido (Coles et al., 1998;
Familton et al., 2001), Venezuela (Sandoval et al. 2001; Coronado et al. 2003),
Chile (Sievers e Fuentealba, 2003), Nigéria (Fashanu & Fagbemi, 2003),
Suécia, Bélgica e Alemanha (Demeler et al., 2009), Estados Unidos da América
(Gasbarre et al., 2009; Edmonds et al., 2010) e México (Canul-Ku et al., 2012).
Nenhum comentário:
Postar um comentário