sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Situação da resistência no Mundo



Figura 1. Distribuição geográfica da resistência (países em vermelho) de nematodas gastrintestinais de bovinos a lactonas macrocíclicas (publicações científicas até julho de 2012).

A resistência de nematodas gastrintestinais de bovinos às LMs na Argentina está amplamente estabelecida em propriedades onde os animais são tratados a intervalos frequentes durante o ano. Em animais da raça Hereford de 9-11 meses de idade, observou-se 65% de redução de OPG após o tratamento com IVM formulação aquosa, redução negativa (-20%) para IVM longa ação (formulação oleosa) e 85% para doramectina. Para moxidectina (MOX) e febendazole, observou-se eficácia de 95% e 100% respectivamente. No teste anti-helmíntico controlado, a eficácia contra C. oncophora foi de 62,7 e 48%, para IVM formulação aquosa e IVM longa ação respectivamente (Fiel et al., 2001). Ainda neste país, na província de Santa Fé, observou-se Haemonchus spp. resistente a IVM, com 92% de redução de OPG (Anziani et al., 2004). Um estudo realizado em 25 rebanhos de gado de corte da Região Oeste Pampeana demonstrou resistência de Cooperia spp. em 60% das propriedades (Suarez e Cristel, 2007).
Assim como na Argentina, a resistência em nematodas de bovinos é um problema disseminado na Nova Zelândia. Jackson et al. (1987) relataram, pela primeira vez, resistência de Cooperia spp. a oxfendazole (65,4% de eficácia) em bovinos. Vermunt et al. (1995) observaram 64% de redução no OPG depois de oito dias do tratamento com IVM e eficácia nula após 14 dias, enquanto oxfendazole apresentou 93% e 59% de eficácia após oito e 14 dias, respectivamente. Ainda na Nova Zelândia, eprinomectina e abamectina, foram eficazes contra O. ostertagi, T. axei e C. punctata, porém, contra C. oncophora , observou-se redução de OPG de apenas 72 e 79%, respectivamente, e 81 e 76% contra T. longispicularis (Loveridge et al., 2003).
Em outros países, os relatos de resistência são mais pontuais, observando-se predominância de resistência do gênero Cooperia resistente a IVM nos seguintes países: Reino Unido (Coles et al., 1998; Familton et al., 2001), Venezuela (Sandoval et al. 2001; Coronado et al. 2003), Chile (Sievers e Fuentealba, 2003), Nigéria (Fashanu & Fagbemi, 2003), Suécia, Bélgica e Alemanha (Demeler et al., 2009), Estados Unidos da América (Gasbarre et al., 2009; Edmonds et al., 2010) e México (Canul-Ku et al., 2012).

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